Autonomia e liberdade: Perspectivas nietzschianas

Descrição

O livro Autonomia e Liberdade: perspectivas nietzschianas se ergue em torno de uma premissa central: não existe valor atribuído em si, é o sujeito que atribui valor a todas as coisas, um processo que ele realiza de forma incessante.

Com ensaios filosóficos seguidos de aforismos, oferece uma análise profunda e provocadora de temas contemporâneos, explorados sob uma perspectiva nietzschiana e enriquecidos por ressonâncias de Spinoza, Schopenhauer e Heidegger. Ao abordar questões como o politicamente correto, justiça, igualdade, culpa, morte, moral, manipulação e outros temas centrais de nossa época, o autor conduz o leitor a uma reflexão corajosa e incisiva. Longe do senso comum paralisante, cada ensaio busca desconstruir ideias cristalizadas, dissecar suas raízes e propor uma visão libertadora, desafiando convenções e abrindo espaço para uma autonomia genuína.

Rodrigo Cardoso de Castro define autonomia como a capacidade de adaptação psicológica, fundamentada na compreensão do que ocorre ao nosso redor. Essa ideia pode ser ilustrada pela metáfora de um marinheiro em um barco à vela, que não controla o vento nem o mar, mas interpreta suas forças e as utiliza para conduzir sua jornada. Contudo, essa autonomia não se limita a ações no mundo físico; ela também se manifesta no próprio pensar, permitindo que o indivíduo transcenda as circunstâncias sem depender de intervenções externas. Nessa perspectiva, a autonomia é alcançada não pela problematização do real pela busca de déficits na realidade, mas pela habilidade de reconhecer e extrair potência das condições existentes.

“Cardoso de Castro lê Nietzsche com lentes spinozianas e retira dessa leitura excelentes insights. Não se trata de um discípulo bem-comportado, que se obstina em mimetizar o mestre. Pelo contrário, ele tem a rebeldia e o asseio intelectual daqueles que são capazes de pensar por si mesmos – o único tipo de leitor que interessava a Nietzsche. Afinal, retribui-se mal a um mestre quando se permanece sempre um discípulo.” Oswaldo Giacoia Jr. (Professor Titular de Filosofia UNICAMP)